Era
uma luva vermelha velha, caída, molhada e pisada, no chão da estrada, a caminho
da escola. E era vermelha como a cor do lápis vermelho que usamos para pintar
os corações vermelhos do amor, ou da cor vermelha da luz do semáforo que nos
faz parar para pensar. A lã da luva vermelha desfiou mas logo se tricotou no
peito da minha nova camisola de malha que no peito tem um coração vermelho
feito de lã.
Fernando Carvalho
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