Sufoco!
Aquele quarto
Mais parecia uma cela.
Instalou-se em mim
Um silêncio
Quebro-o ao abrir a janela.
Olho o jardim
As roseiras já estão em flor,
Como o tempo escoa!
Calo o grito
Abafo o clamor.
Sinto-me oca como uma soca
Sem sola
Que perdeu a forma, a beleza,
Sinto-me vazia
No meio da natureza.
Perto, outra velhinha
Sorri.
Transporta um saco,
Deposito nele uma rosa.
Acalmo minha revolta
Digo-lhe "OLÁ"
Olho à minha volta
E... parti.
Rosélia Palminha, 68 anos, Pinhal Novo
Desafio RS nº
42 – letras de
escola sem escola
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