Caligráfica não parava. A morte abeirava-se: líquida, brilhante, negra...
Acordou histérica mesmo antes de morrer afogada. Rebolando contra o tinteiro, a
preciosa caneta partiu uma das extremidades do seu aparo.
O tinteiro, caído, derramou-se para cima do papel de algodão. Caligráfica
atirou-se ao papel e, com a ponta ainda inteira, escreveu uma mensagem
coxa:
Chamem o 111! Na hora da nossa morte tresanda a tinta negra.
Não há mais como escrever histórias. Perder-se-á para sempre o
pensamento...
Rita Caré, 40, Carcavelos
Desafio nº 111 – linha de atendimento 111
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