01/11/16

Mexe-te, estúpido

Preferia tonalidades claras a tons escuros. O verde da vegetação parecia-lhe escuro. Mexeu e remexeu e nada. Como fora estúpido Claro que confiar no fornecedor era ser pouco esperto. Precisava mexer-se, se quisesse acabar o quadro. O escuro da noite lembrou-lhe que era clara a alhada onde se metera. Fosse esperto, bem mais esperto, e agora não estaria a praguejar contra aquele estúpido. Mexe-te, estúpido… amarelo serve… Aquele verde lembrava-lhe os seus olhos. Conseguira! Ela iria gostar…
Amélia Meireles, 63 anos, Ponta Delgada

Desafio nº 112 – 3x5 palavras no texto

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