Preferia tonalidades claras a tons escuros. O verde da vegetação
parecia-lhe escuro. Mexeu e remexeu e nada. Como fora estúpido… Claro que confiar no fornecedor era ser
pouco esperto. Precisava mexer-se, se quisesse acabar o
quadro. O escuro da noite lembrou-lhe que era clara a alhada onde se metera. Fosse esperto, bem mais esperto, e
agora não estaria a praguejar contra aquele estúpido. Mexe-te, estúpido… amarelo serve… Aquele
verde lembrava-lhe os seus olhos. Conseguira! Ela iria gostar…
Amélia
Meireles, 63 anos, Ponta Delgada
Sem comentários:
Enviar um comentário