Remediar sempre lhe parecera fácil. Não os males do mundo; sim os males do
seu mundo, sem lá pertencer. Remediava o jantar a queimar, emendava a ficha de
português. Remediava o buraquinho na alegria do pequeno. Remediava
discretamente o ralhete dado pelo grande. Remediava a casa empoeirada, que
remédio! Esquecia-se de si. Até a vida a parar, quase sem remendo. Quem a
remediaria agora? Como se remediaria? Quem remediaria o seu mundo? Remediar
sempre lhe parecera fácil.
Ana, 26 anos, Setúbal
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