Comprado nos Uffizzi,
guardava-o religiosamente. Como abordaria o Renascimento, levei-o para me
inspirar. Discretamente, o lápis rolou para debaixo da secretária.
Depois apanho. Continuei a falar.
Olhei de soslaio para baixo. Nada!
Nunca soube quem o apanhara.
Passados anos, chega-me um envelope.
Remetente: “De alguém que jamais a esquecerá ”.
Vejo o lápis e um bilhete: “Por
sua culpa, apaixonei-me por Itália. Grato, ofereço-lhe este caderno”. E,
estampada na capa, A Primavera de Botticelli sorriu
para mim.
Carla Augusto, 48 anos, Alenquer
Desafio RS nº 37 – o lápis caído no chão
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