20/12/16

77x77 - Helena Barradas

Pois, Margarida, as histórias sucedem-se na minha cabeça, já houve tantas, lembro-me duma
longínqua, teria eu quatro anos, o cão, peludo, branco e de nome Bouboule, o meu pai adorava francesismos e “francesismas”, caiu no poço, alvoroço declarado na quinta onde vivíamos, “Ai o cão, ai o cão”, e eis que a minha mãe corre directa ao poço, faz descer o balde pelas roldanas, o Bouboule tenta e à segunda tentativa enfia-se no balde, salvo e molhado.



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