
Pois, Margarida, as histórias
sucedem-se na minha cabeça, já houve tantas, lembro-me duma
longínqua, teria eu
quatro anos, o cão, peludo, branco e de nome Bouboule, o meu pai adorava
francesismos e “francesismas”, caiu no poço, alvoroço declarado na quinta onde
vivíamos, “Ai o cão, ai o cão”, e eis que a minha mãe corre directa ao poço,
faz descer o balde pelas roldanas, o Bouboule tenta e à segunda tentativa
enfia-se no balde, salvo e molhado.