Àquela hora o pátio da escola era uma enorme praça que de repente se
enchia, após o toque para intervalo. Passarinhos desengaiolados, os alunos
batiam asas, chilreavam em várias oitavas, saboreavam pequenas guloseimas.
Liberdade curta, mas liberdade. Lépidos, radiantes, aproveitavam a posse do
tempo.
A luz faltou. Aulas interrompidas, intervalo prolongado. Pensou-se que as
duas colegas e amigas amuadas, fizessem as pazes. Mas não. O tempo a mais,
afinal, não ajudou.
Há sempre estórias com finais adiados...
Elisabeth Oliveira Janeiro, 72
anos, Lisboa
Desafio RS nº
44 – reflexão em
44, contrário em 33
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