21/12/16

António

António, muito galante,
Cortejava uma menina
Sempre terno, elegante,
Mimando-a com estima!

Ela foi correspondendo,
Vendo com ele o luar,
O clima foi aquecendo,
Ele sempre a cortejar!  

Ela ingénua, bem dotada,                        
Com vontade de casar,
Estava tão maravilhada
Que o levou ao altar!

Passaram-se poucos dias,
Choviam raios, trovões,
Desfeitas as fantasias,
Chegavam-lhe palavrões!

Pela noite, amargurada,
Entristecida, sozinha,
Sentia-o de madrugada,
Entrando pela cozinha!

Chorosa, desencantada,
Restava-lhe o divórcio…
O mentor dessa jogada
Agradava-lhe negócio!
Maria do Céu Ferreira, 61 anos, Amarante

Desafio RS nº 44 – reflexão em 44, contrário em 33

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