A porta estava fechada. Era preciso passar. Hesitou.
Olhou à volta e tudo estava parado. Silêncio. É agora ou nunca, ouvia na sua
cabeça. Tinha que avançar. Só mais um pouco e estava lá. Do outro lado era a
liberdade, aquilo que precisava.
As grades barravam a saída. Deu a volta. Mais outra porta. Fechada. Rodou a
maçaneta. Abriu. Ar puro. O vento batia no rosto e ela chorava.
Eu sabia que era capaz. Repetia para ela.
Margarida Vale, 55 anos, Seixal
Desafio RS nº 45 – «Eu sabia que era capaz!»
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