No princípio costurava sem moderação. Por impulso, por necessidade. Os
dedos
pianolavam na máquina, melopeicos, o dia inteiro. Não tinha curso de
letras, nem corte de costura. Só talento.
Lurdinhas, a costureirinha do bairro, quando a afilhada quis casar,
prontificou-se a fazer-lhe o vestido. Sabia que seria capaz de o moldar,
cortar, coser, casear, bordar... Houve desconfiança na parentela, mas acabaram
por aquiescer.
Triunfante, e como todas as noivas, aquela foi a noiva mais linda do mundo!
Elisabeth Oliveira Janeiro, 72 anos, Lisboa
Desafio RS nº
45 – «Eu sabia
que era capaz!»
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