Entro no metro em hora de ponta. Uma amálgama de corpos, carteiras,
mochilas e uma bicicleta intrometida.
De costas para mim, a sweat daquele jovem diz “…mas tu fugiste!”
Tento ver-lhe o rosto para encontrar nele uma razão. O capucho não ajuda a
minha curiosidade. Cheiro-lhe a pele e carrego-me de endorfinas. Vou sair na
sua estação, seja qual for.
O metro para na Trindade. Saímos. Olho-o nos olhos. Leio a sweat, “Eu sabia
que era capaz…”
Fernando Morgado, 61 anos, Porto
Desafio RS nº
45 – «Eu sabia
que era capaz!»
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