Esfregava o soalho, como se esfregasse a sua vida. Em
troca, uma malga de sopa e uma enxerga para dormir.
«Sê fiel e agradecida», dissera-lhe a Mãe antes de morrer. Mas sonhava
conhecer o Mundo para além do que avistava da janela.
Uma madrugada partiu, o coração carregado de sonhos quase impossíveis. Foi
quando alcançou a cidade que gritou: «Eu sabia que era capaz!»
Embrulhando o medo, deixou que o destino a guiasse por entre ruas
desconhecidas...
Isabel Lopo, 70 anos, Lisboa
Desafio RS nº
45 – «Eu sabia
que era capaz!»
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