Estava presa, acorrentada,
Mesmo sozinha comigo,
Encontrava-me pisada
Numa espécie de castigo.
Uma polémica interna,
Juntando falsos amores,
Insatisfação extrema,
Desfiando dissabores.
Confusão estabelecida,
Acompanhada sozinha,
Ao saber-me subtraída
Da alma gémea da minha.
Simples para alguma gente?...
Eu queria «trevo da sorte!...»
Numa luz incandescente,
Apontando-me o Norte.
Mudança era questão,
Mesmo sem nesga de fé…
Indagava o coração:
«O chinelo do meu pé?...»
Apareceu finalmente!
Tremeluzi a galope…
Misterioso, diferente,
Ei-lo ― «meu trevo da sorte!»
Maria do Céu Ferreira, 61 anos, Amarante
Desafio Rádio Sim nº 46 – 12 palavras impostas
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