Alberto
era um homem de paixões discretas. Ou nulas. Solteiro e descomprometido, era
também tímido, mas habitado por um coração sem leme que se empertigava sempre
que, todos os seis meses chegava nova estagiária. No escritório, também
esperavam que houvesse cara nova para ver Alberto
arrebitado nas incursões
amorosas.
Já a
transpirar, aproximava-se da secretária, lançava um piropo e convidava,
desajeitadamente, para jantar. Enquanto esperava pela resposta, piscava o olho
e sorria. Depois, levava, inevitavelmente um estalo.
José
Jacinto Pereira Peres , 44 anos, Castro Verde
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