Um triste queixume
Brotou do seu triste peito um queixume
como o gélido vento do frio inverno,
e de preto véu cobriu-se o céu.
como o gélido vento do frio inverno,
e de preto véu cobriu-se o céu.
Fugiu dentre os dentes o ronco som
e, percorrendo nebulosos confins
com chirrio ferrugento, quebrou,
como ferente bisturi, o silêncio emudecido.
Com forte estrondo retumbou o seu choro
e, como mocho em noite de estio,
ecoou entre terríveis nuvens e cinzentos nevoeiros.
Errou entre tortuosos sendeiros sem rumo certo
e, no fim, refulgiu como luminoso corisco.
Mónica Marcos Celestino, 43 anos. Escuela Oficial de Idiomas, Salamanca (Espanha)
Desafio nº 37 – uma história sem usar a letra A
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