Sempre se conhecera com
aquelas manchas estranhas. Iguais às da mãe, cuja generosidade e capacidade de
amar nunca se esconderam sob as crostas brancas que se estendiam pelo corpo.
Era
estranho perceber como a mãe sempre lidara com o que pensava ser uma
aberração. Um dia, desesperada, questionou: porquê eu? Porque a pele não era
igual à dos outros? Docemente, a mãe apenas lhe perguntou: o que és depende da
tua pele? Aceita e saberás viver feliz.
Amélia Meireles, 63 anos, Ponta Delgada
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