Era noite alta e Francisca, sozinha, toda
enroscada no canto da lareira como se fosse um gato. Para ali estava, sem
ninguém para conversar e, por vezes, o medo assaltava-a. A sua vida era assim.
Nunca
casara e já se arrependera. Mas, nada a fazer. Era tarde. Levantou-se e
espreguiçou-se dirigindo-se para o quarto. Olhou-se no espelho da cómoda e
assustou-se. Não se reconheceu. Sobressaltada reparou que afinal era a Lua que,
refletida no espelho, lhe sorria.
Emília Simões, 65 anos,
Mem-Martins (Algueirão)
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Boa tarde Margarida,
ResponderEliminarMuito obrigada por ter publicado a minha história
Um beijinho e excelente semana.
Emília
É sempre muito bom ter histórias suas.
EliminarUm grande beijinho