Era
uma janela como qualquer outra, nela escorriam pequenas gotas, testemunhas
últimas deste outono sombrio; naquela manhã, Laura encostou-lhe a testa, cerrou
os olhos e desejou retomar todos os sonhos esquecidos, as leituras adiadas, os
amigos, a paz!
Acreditou ter encontrado o caminho da libertação, decidiu
assumir as rédeas do destino. Iria começar por comprar uns ténis, dar um corte
ao cabelo, correr na marginal... mas a janela só lhe trouxe a imagem de Mary!
Que
fazer?
Paula Castanheira, 53 anos, Massamá
Sem comentários:
Enviar um comentário