Uma folha de papel é amarrotada com violência e atirada para o lixo.
Contudo, cai fora dele.
Um gesto banal despertou em mim recordações do passado.
Sempre senti que me tratavas como desperdício, que esmagavas e pisavas com
prazer. Eu era tão insignificante que nem sequer te esforçavas para acertar no
caixote do lixo.
Hoje, é a minha vez de te dispensar. Mas eu não piso nem ponho ninguém no
lixo, com ou sem competência de arremesso.
Susana
Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto
Desafio nº 68
– imagem de uma folha amarrotada
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