Destino
Relâmpagos e estalidos,
Clarões na rua deserta,
Céu negro, alguns gemidos,
Mas nenhuma porta aberta…
Perdera rumo e Norte,
O carro na enxurrada,
Já não tinha passaporte,
Parecia uma emboscada!...
Até que algo o tocou
No meio da escuridão,
Um raio que aclarou,
Alguém que estendeu a mão…
Era o seu petiz querido,
Arrastado pelo chão…
E aquele baque e gemido
Tocaram-lhe o coração…
Ia entregar o menino,
Raptado com ousadia,
Tempestade no destino
Aplacou-lhe a rebeldia…
Maria do Céu Ferreira, 62 anos, Amarante
Desafio nº 120 ― reencontrar o
caminho sem V nem F
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