Aquieta-se a noite! Os vivos também!
Há uma coruja a piar ― sabe o que diz, mas ninguém a
entende.
Na vizinhança, uma torre milenar ― alva, intocável
na terra, apreciada do céu. Abençoa o conforto, com temperatura
misteriosa.
Há luzes amarelas, outras laranja, algumas escondidas na bruma.
Luz rosada, em abóbada infinita, doa transparência à
noite, parecendo um pedaço de dia!
Nesta oposição ― brisa da noite, nuvens do dia ―, há a escuridão doce,
morna, tal como um longo abraço.
Fernanda Costa, 56 anos, Alcobaça
Desafio nº 118 – associação de palavras
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