Nesta noite de pesadas
memórias, relembro o bater, delicado e brando, dos teus dedos no vidro sem
brilho.
Consumida por sentimentos antagónicos,
procuro entender o significado de cada silêncio, do gesto incompleto, do
sorriso desvanecido.
Mas é tudo tão fugaz… As palavras
enrolam-se na minha garganta como ondas colossais. Basta! O tempo urge! Agora
os teus dedos não são mais do que atos falhados que preciso esquecer. Vai,
despe-te de mim. Eu despeço-me de ti. Para sempre.
Carla Augusto, 49 anos, Alenquer
Desafio RS nº
25 – dedos que batem no vidro
(cena)
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