Liana, em tarde outonal, foi convidada a entrar na Catedral do Tempo. Ao
entrar, sentiu-se abraçada pela quietude soberana. Depois, passo a passo, foi
descobrindo o ocre, o laranja, o verde infinito - um templo muito pitoresco.
Todos a receberam numa quieta onda de afeto. Os sobreiros estenderam o tapete
de bolotas, as figueiras cumprimentaram-na docemente e as murtas perfumaram-lhe
a fronte. Comunicavam em silêncio. Liana emanava gratidão. Será que ainda se
sentia intermitente? Não, encontrara o paraíso!
Fernanda Costa, 56 anos, Alcobaça
Desafio nº 126
– sentia-se intermitente
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