Este doce ar, este bem ― ri para nós!
Brisa outonal, laranja, silenciosa, delicada!
Vem, traz o pano, e diz:
― Aquieta-te, chora devagarinho! ― correm lágrimas sublimes!
Logo vão, já nem se veem.
Beijam-te, acariciam-te, desaparecem!
Este ar fala, gira, roga, mas é à toa.
Relata, sensibiliza, impressiona, relembra-nos…
Mas, em cada bafo, diz que não é nada.
Lentamente confunde-nos ― tornando-nos mudos, sisudos.
Para logo, nos doar toda a sua luz.
Abençoando-nos, tornando-nos igualmente divinos,
Tal como no Céu!
Laura Garcez, 44 anos, Lisboa
Desafio RS nº 35 – até 4 letras, mais de 4
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