A lua perde a forma
Eu sou a lua. Nas minhas quatro formas, uma delas é invisível. Hoje é noite
de lua nova e sinto-me particularmente incomodada, a brilhar e a tremer. Até
acho que perdi a forma, mas sigo, de olho grande, o mundo dos homens
loucos que não aprendem com a história. Vou brilhar, vou pulsar, vou dar a
volta ao mundo até à promessa da razão, até à centelha de humanidade. Até lá,
quando olharem para mim, sinto-me intermitente…
Odília Baleiro, 62 anos, Lisboa
Desafio nº 126
– sentia-se intermitente
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