Mia fala
do espanto, de como SER impele a pontapear a vida em frente. Encanta-me. Assim
gosto de acordar. Posso até estar ramelenta, desgrenhada, olheirenta. Mas
espantada por viver, por de novo o sol nascer, por poder recomeçar todas as
mesmas rotinas. Ainda que contida, esquecida ou adiada, saber que vivo capaz
de, apenas num instante, ir ao Japão, voltar, não passando do sofá. Parando o
turbilhão de fazer, sonho intensamente a vida sem usar qualquer medida.
Madalena Cabral, 49 anos, Lisboa
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