Vejo o campo a ondular sob o vento, observando cada espiga seca,
que o frio e a ausência da água matou.
Observo o céu azul, desejando que as nuvens o
preencham, e fecho os olhos, procurando sentir os pingos de chuva na
face, mas apenas o vento marca presença, gelando o ar e
retirando-lhe a pouca humidade que ainda permanece.
Entro em casa com os olhos embaçados, percebendo que as
minhas lágrimas assinalam o fim da esperança.
Quita
Miguel, 58
anos, Cascais
Desafio nº 130 ― de espiga a
esperança
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conto «Sonho Esventrado» https://www.smashwords.com/books/view/595005
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