Era
uma pessoa especial e conseguia sempre espantar os que não se espantavam com
nada. Vivia na lua, dizia-se.
Cumprimentava,
sorridente, todos por quem passava. Fazia conversa, dizia umas loas.
E
seguia em frente. Bebendo o horizonte
como se fosse seu.
Ninguém
sabia bem se era louco, pintor ou poeta.
Mas todos sabiam que absorvia as palavras e as cores, como se fossem
néctar.
Alguns
até o invejavam… porque vivia os sonhos acordado e parecia feliz.
Rosário P. Ribeiro, 60 anos, Lisboa
Desafio RS nº
34 – frase de Mia Couto
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