Ao observar a espiga
na sua mão, Celeste ia recordando as suas memórias de criança. Já pareciam
perdidas, tal como as mais recentes ainda estão. De repente, estava tudo ali à
sua frente: as pessoas da aldeia a
trabalhar na ceifa, na desfolhada,
na secagem e moagem do milho. Aquela
farinha amarela com que a avó fazia
a maravilhosa broa no forno da
aldeia. Olhou para o céu e sorriu. Ainda há esperança de recuperar a memória.
Ana Pegado, 31 anos, Lisboa
Desafio nº 130 ― de espiga a
esperança
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