Chegou demasiado tarde. A vida tinha-a deixado pele e osso.
Nunca esperara que o filho trazido no ventre fosse tão franzino, anémico.
Os primeiros dias de embevecimento por aquele ser que viera dar algum
alento à perda recente do marido que não esperara por si, tornar-se-iam
em dias de amargura. Fora ao médico. Ele dissera: “Não há nada a fazer.” A
solução seria amá-lo enquanto cá estivesse. As lágrimas não conseguiram cair de
tão seca que estava.
Arménia
Madail, 61 anos, Celorico de Basto
Desafio nº 134 ― «Chegou atrasado…»
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