Caminhei
pela rua muito mais do que o necessário só pelo cheiro daquele homem. Era como
o cheiro do meu primeiro namorado. Intenso, doce mas um bocadinho picante. Ele
estava a conversar com uma rapariga, um pouco similar a mim; nesse instante, eu
tinha quinze anos outra vez e falava com aquele primeiro amor. As nossas
ilusões ainda eram novas, sem estrear, ainda não tínhamos estragado nada.
Dobraram a esquina e a ilusão perdeu-se com o cheiro.
Clara Valcárcel, 19 anos,
Salamanca, USAL, prof Paula
Isidoro
Escritiva nº 27
- cheiros
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