Na cidade franca, as gentes invadem
calçadas, praças, avenidas. Famílias festejam. Canta-se e dança-se livremente,
brinda-se à alegria, à fraternidade. Das janelas pendem gargalhadas felizes.
Mais adiante, na praia, areia branca, verdes algas, maresia a salpicar de seda
e cetim a face das crianças. A magia existe, a fantasia também. Cai a tarde
entre falas de amantes, artistas, idealistas. Há maneira de designar a vida
nesta cidade sem agressividade, sem classes? Há, mas a palavra está-me
interdita.
Helena Rosinha, 65 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 93
– escrever sem O
nem U
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