Empoleirado num ramo farfalhudo, o Morango todo
se esticava.
A mãe desatinava com aquele desassossego:
― Diacho, um dia vem dali abaixo… Porque não está
quedo?
Sofria de Amor, o Morango, irremediavelmente
apaixonado pela Amora.
Redondinha, perfumada, queria lá saber
dessas parvoíces…. ali ao sol, cuidando do bronze. De auscultadores, balouçava
ao ritmo do rock-and-roll.
Um dia, ao som de Jail-House, veio por ali
abaixo, aterrando nas silvas.
“Sorte grande, assim tenho o Elvis só para mim!”
Hey!!!
Margarida Freire, 75 anos, Moita
Desafio nº 133
― cair nas silvas
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