Caí/Caiu da estrada para um monte de silvas.
Que texto vos
surge a partir desta ideia?
Pode ser
metaforicamente usada, ou a sério, têm toda a liberdade.
Eu caí assim:
Não eram as silvas que a
incomodavam. Preferia estar ali a ter de voltar a ver-lhes o rosto, o desdém, a
mentira. A cada movimento, pior ficava. Os picos enterravam-se na sua pele sem
dó. Percebeu então a metáfora da queda. Os picos, ao longo dos anos, esvaziavam-lhe
a sanidade, a autoestima, a energia. Iria reagir!
Levantou-se, apesar da dor, do
sangue. Aproveitou o nascer do dia para amanhecer em força. Respirou fundo. «Preparem-se»,
pensou. Regressava diferente.
Margarida
Fonseca Santos, 57 anos, Lisboa