É difícil, é muito difícil entender os motivos, o porquê. Decidiste ir-te
sem sequer te despedires.
E, hoje, vinte e sete invernos depois revivo tudo: somos jovens, perdidos,
chorosos. Que tormento ver os teus progenitores num desespero…
Fiquei entrementes muito tempo sem rumo, (in)consciente, sem querer dormir.
O cosmos foi-nos cruel e o destino imprudente.
Fiquei sem fotos, sem os escritos, só com um ténue vislumbre do teu
sorriso.
Suspiro sempre porque posso nem tudo ter feito.
Mireille Amaral, 42 anos, Gondomar
Desafio nº 37
– uma história sem usar a letra A
Sem comentários:
Enviar um comentário