Vivi sempre despojado de tudo até que ela, dourada e
brilhante, se colou a mim num momento mágico. E nada mais nos separou. Nem a
água, nem o sabonete, nem o creme amaciador, nem a areia na praia. Unidos para
sempre, tinha ouvido.
Mas, tudo mudou, trinta anos
depois, e hoje ela foi-me retirada abruptamente. Foi depois da saída do
tribunal e ainda não me habituei à ideia de ficar novamente nu.
Dedo anelar de recém-divorciada
sofre!
Ana Paula Oliveira,
57 anos, S. João da Madeira
Escritiva nº 29 –
história de amor de objetos
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