Olhos de água, azuis, tão belos como mar
paradisíaco. Eu olhava, pobre. Era assim, sempre, um olhar que prolongava horizontes.
O sorriso vulgar, o que interessava isso? Um rosto comum, para quê lembrar?
Mergulhar naquele líquido cristal, era todo o mundo, mais ainda. A verdade, não
era a verdade, o amor, não era amor. Todos os segundos contavam, tudo o que eu
poderia retirar, era pouco, ali era o infinito. Mas, há sempre um mas, cruel,
endoideci.
Constantino Mendes Alves, 59 anos, Leiria
Desafio RS nº
33 – uma história de enganos
Sem comentários:
Enviar um comentário