27/02/18

Constantino Mendes Alves ― desafio RS 33


Olhos de água, azuis, tão belos como mar paradisíaco. Eu olhava, pobre. Era assim, sempre, um olhar que prolongava horizontes. O sorriso vulgar, o que interessava isso? Um rosto comum, para quê lembrar? Mergulhar naquele líquido cristal, era todo o mundo, mais ainda. A verdade, não era a verdade, o amor, não era amor. Todos os segundos contavam, tudo o que eu poderia retirar, era pouco, ali era o infinito. Mas, há sempre um mas, cruel, endoideci.
Constantino Mendes Alves, 59 anos, Leiria
Desafio RS nº 33 – uma história de enganos


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