Chegou demasiado tarde. A morte não esperara
por si. Viveu meses com um peso que não conseguia tirar de cima. Se ao menos
tivesse ligado mais vezes, se ao menos tivesse falado mais vezes, se ao menos
tivesse aberto o peito mais vezes. Eram tantos os “ses” que quase se afundou
naquele enleio. Regressou à tona abraçado às memórias dos dias felizes e assim
recomeçou a escrita de uma história em que o final chegou demasiado cedo.
Fernando Guerreiro, 41 anos, São Brás de Alportel
Desafio nº 134 ― «Chegou atrasado…»
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