Era um amor lindo aquele que os unia. Sempre juntos. Ele,
esbelto e singelo; ela, muito cómoda e colorida. Viviam em comunhão num canto
da despensa ou numa gaveta da cozinha. Mas, que importava o lugar onde estavam?
Desde que estivessem juntos, estavam bem... Nada valiam se estivessem
separados.
Até quando ele, rebelde, queria dar uma escapadela, não
funcionava porque deixava de ter utilidade e voltava para ela que, para o
castigar, lhe fazia arder a cabeça.
Amália da
Mata e Silva, 62 anos, Vila Franca de Xira
Escritiva nº 29 – história de amor de objetos
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