Numa ilha longínqua, no mais belo jardim,
aquela flor permanecia um enigma. Poucos conseguiam ver as
suas cores ou sentir o seu aroma. Ninguém ousava
colhê-la. De caule inviolável, todos desistiam de o
quebrar.
Quando entristecida, acomodava-se nas suas pétalas
e, em dias cinzentos, usava um manto brilhante, tecido com gotas
de orvalho.
As madrugadas alaranjadas e manhãs luminosas
anunciavam a chegada do amigo sol. Ele envolvia-a num véu de luz e
afago, dissipando-lhe o nevoeiro, ressuscitando-a.
Fernanda
Costa, 56 anos, Alcobaça
Desafio nº 118 – associação de palavras
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