04/03/18

Fernanda Costa ― desafio 118


Numa ilha longínqua, no mais belo jardim, aquela flor permanecia um enigma. Poucos conseguiam ver as suas cores ou sentir o seu aroma. Ninguém ousava colhê-la. De caule inviolável, todos desistiam de o quebrar. 
Quando entristecida, acomodava-se nas suas pétalas e, em dias cinzentos, usava um manto brilhante, tecido com gotas de orvalho
As madrugadas alaranjadas e manhãs luminosas anunciavam a chegada do amigo sol. Ele envolvia-a num véu de luz e afago, dissipando-lhe o nevoeiro, ressuscitando-a.
Fernanda Costa, 56 anos, Alcobaça
Desafio nº 118 – associação de palavras


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