Mas que irritação! Empurram-se, inspecionam, comentam, tentam tocar-me!
Muitas vezes, sou salvo in extremis pelos gritos
do vigilante. Então recuam, mãos atrás das costas, assobiam para o lado… Não
têm sensibilidade.
Ninguém imagina a tortura que é passar a vida estático numa moldura. Existe
apenas uma compensação nesta história: as noites e as segundas-feiras tornam-se
absolutamente fantásticas sempre que A rapariga com brinco de pérola ou Las
Meniñas escapam ao controlo e vêm, até aqui, confraternizar comigo!
Helena Rosinha, 65 anos, Vila Franca
de Xira
Desafio nº 21 – a propósito de uma ilustração
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