Chegou demasiado tarde, a morte não esperara por si.
Tinha prometido ouvi-lo. Queria falar, convencê-la que ainda era
cedo para o levar, mas ela fria, empedernida, tinha deixado sobre a mesa um
bilhetinho com a mensagem, "nada há para falar, voltarei breve".
Transtornado, alagado em suor pensou como fugir à sua gadanha afiada: Mudaria
de identidade, residência, de país. Talvez assim, ela não o
encontrasse. Guardou os seus haveres e saiu apressado. Nunca mais
ninguém o viu.
Isabel Sousa, 66 anos, Lisboa
Desafio nº 134 ― «Chegou atrasado…»
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