O vento é bom bailador, Dulce
escuta-o com afeto. À chuva, acolhe-a com gratidão. Em tempos de escuridão, o
seu coração requere-os, a sua alma abençoa-os. Eles despenteiam-na, molham-na,
sente-os.
O Sol é sua alegria, conforta-a, ilumina-a. Dulce tem a consciência
que não lhe pode tocar, apenas sentir as suas emanações. Tem que se proteger,
não pode expor-se demasiado, poderia ser-lhe fatal. Há muito que aprendeu - o
mais belo olhar sobre o mundo está a meia encosta.
Ana Beatriz, 39
anos, Lisboa
Desafio nº 35 – partindo de dois versos de autor
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