Chico estava desgostoso com o amigo, desiludido.
― Burro! – pensava – como pode menosprezar o valor da sacola! Para
além do mais, tinha o isqueiro que a Maria me deu no dia do
primeiro piquenique.
Virou costas. Mas no caminho insultava-o mentalmente:
― Burro! Os objetos que guardamos ajudam a colorir a nossa vida,
tornam-na mais cor-de-rosa. Será tão infeliz, terá uma vida tão vazia
que não perceba isso – matutava.
Revoltado, em jeito de resposta ofereceu-lhe um burro isqueiro rosa.
Fátima Fradique, Fundão
Desafio nº 137
― rosa, isqueiro, burro
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