Como
areia na mão do vento, atravessou as nossas vidas sem deixar que marcas tristes
aprisionassem a nossa infância. Vestia-se de sombras, deslizava entre rotinas,
quase sem existir, zelando, fazendo-nos crescer. E ali estávamos,
despedindo-nos do corpo gasto, incapazes de imaginar vida na sua ausência.
Gentes humildes choravam-lhe a partida; nós gritávamos, mudos, para que
permanecesse em nós.
Assim
fez. Afastou-se do corpo como o vento e, deslizando na infância guardada,
desenhou pegadas firmes na nossa memória.
Desafio nº 26 – dedicatória para
alguém
Margarida Fonseca Santos
Que lindo, Margarida!
ResponderEliminarEstou vendo agora este seu diário muito criativo.
Muito obrigada, Celina! Ainda bem que gosta. Queria muito que, com a possibilidade de ouvir além de ler, as histórias chegassem a todas as idades, a todas as pessoas, sem barreiras. Um grande beijinho
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