Andava
de um lado para o outro, de um lado para o outro. Havia quem já tivesse
comentado: parece que estás na maternidade, ó Júlio!
Ficar
quieto seria pior. Os minutos, sempre na conversa, levavam muito tempo a
passar. Pena o corredor não ser mais comprido.
Quando
a porta se abriu, paralisou, mudo. Uma cabeça espreitou:
–
Venha cá, Júlio! Que projeto fantástico! Venha cá…
E
desapareceu, a gaguejar explicações. Nos sorrisos dos colegas, adivinhava-se o
que conseguira.
Margarida Fonseca Santos
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