Não
conseguia esconder o que sentia. Havia um sorriso desconcertante a nascer-lhe
no rosto, escapando-se da censura rigorosa que imaginava obrigatória quando,
sozinha, caminhava em espaços públicos.
Tudo
começara meses atrás. Um ponto final numa carreira, um ponto de interrogação no
futuro e umas reticências nas ideias. Agora, tudo mudara. O projeto fora
aceite, abrira-lhe uma porta para a qual escolhera bem a chave: a sua
criatividade.
Cruzando-se
consigo na passadeira, alguém lhe devolveu o sorriso. Corou.
Margarida Fonseca Santos
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