18/06/18

Diário 77 ― 73 ― A porta aberta

Não conseguia esconder o que sentia. Havia um sorriso desconcertante a nascer-lhe no rosto, escapando-se da censura rigorosa que imaginava obrigatória quando, sozinha, caminhava em espaços públicos.
Tudo começara meses atrás. Um ponto final numa carreira, um ponto de interrogação no futuro e umas reticências nas ideias. Agora, tudo mudara. O projeto fora aceite, abrira-lhe uma porta para a qual escolhera bem a chave: a sua criatividade.
Cruzando-se consigo na passadeira, alguém lhe devolveu o sorriso. Corou.
Margarida Fonseca Santos

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