Na reunião da bicharada faziam-se conjeturas. «Imagina»,
dizia a barata, «que tu, formiga, encarnavas a cigarra...»
«Eu que gasto os meus pés a trabalhar, transformar-me
nessa inútil!», retorquia a formiga.
«Mas canta e encanta», dizia o gafanhoto, «enquanto
tu és uma chata...»
A formiga ficou a matutar naquilo... À noite,
enfeitou-se e pôs-se à janela a cantar. Mas desafinou e todos fugiram.
Quando acordou viu um grande cartaz: FORMIGA QUE ENCARNA
EM CIGARRA, SÓ ASSUSTA A BICHARADA.
Isabel Lopo, Alentejo
Desafio nº 143 ―
novo ditado popular
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