Não suportava aquela
camisa rosa. Como lhe havia de dizer? Tinha que
engendrar alguma coisa para que a famigerada camisa desse à sola. Não podia
falhar, pois ele não era burro e
podia perceber a trapaça. Naquele abençoado jantar, a vela do candelabro
apagou. Pediu-lhe o isqueiro e
fingindo tropeçar tombou a cera na sua estimada camisa. As desculpas saíram em
catapulta. Ele, suavemente apaziguou o seu falso arrependimento. Odiava a
camisa que a mãe lhe dera.
Amélia Meireles, 65 anos, Ponta Delgada
Desafio nº 137 ―
rosa, isqueiro, burro
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